Estética íntima

O tema da sexualidade, relacionado à intimidade feminina, ou seja, aos órgãos genitais era associado a ideia de pecado e imoralidade, transformando-se em um assunto tabu. Com o passar do tempo ocorreram mudanças na sociedade que acabaram transformando a percepção dos indivíduos pelo seu próprio corpo. No entanto, sabe-se que ainda hoje esse assunto pode provocar constrangimento nas mulheres e assim causar mudanças comportamentais, já que além de afetar fisicamente pode ocasionar alterações psicológicas, prejudicando, assim, a qualidade de vida em sua totalidade.

O aparelho reprodutor feminino é composto por órgãos internos como, vagina, útero, tubas uterinas e ovários, e por órgãos externos como, vulva ou genitália externa, que é composta por estruturas como, lábios (internos e externos), clitóris e vestíbulo. É sabido que não existe um padrão ideal no que tange à anatomia genital externa, ainda mais em relação as mulheres, em que ocorre variação do tamanho, formato e textura de acordo com algumas características como etnia, peso, idade e entre outras. Contudo, a maior exposição do corpo feminino na mídia abriu margem para comparações anatômicas, identificando um modelo estético mais agradável e consequentemente surgindo descontentamentos em relação à genitália. O mesmo ocorre com os homens ao compararem o tamanho do pênis, que historicamente, está associado à virilidade. Assim homens e mulheres passam a procurar alternativas que modifiquem seus órgãos genitais em busca desse padrão em que acham ideal.

Essa insatisfação acaba gerando insegurança e impactando diretamente no desempenho sexual, influenciando assim na sua autoestima. Existem estudos que associam a imagem genital com a vida sexual e a qualidade de vida, essas pesquisas apontam que mulheres que possuem uma imagem negativa da sua vulva são as que mais desenvolvem depressão e angústia em relação à vida sexual, enquanto mulheres que possuem uma autoimagem genital positiva, apresentam uma melhor vida sexual, logo elevando sua autoestima e assim contribuindo para melhorar sua qualidade de vida. Por tudo isso, a genitália externa de homens e, principalmente, de mulheres vem ganhando destaque na área da estética, ficando conhecida como Estética Íntima.

Dentro da estética sabe-se da infinidade de tratamentos que existem para a face, corpo e cabelo, porém essa área da estética íntima ainda é pouco conhecida. Os tratamentos buscam melhorar a aparência da região genital com técnicas que reduzam a flacidez tissular dos lábios externos, diminuam a gordura localizada, que clareiam manchas, geralmente na virilha, e que removam pelos. Muitos são os fatores que podem interferir na anatomia e estética da região íntima, como a idade, parto, obesidade, alterações hormonais, predisposição genética e entre outras.

No que se refere à idade, sabe-se que o envelhecimento é natural e fisiológico e ocorre em toda a parte corporal, incluindo a região genital. Durante esse processo a pele, por ser o órgão mais externo, sofre bastante influência. Sendo assim, a pele genital é submetida aos mesmos impactos do tempo que as demais áreas corporais, porém ainda sofrem com o calor, umidade e oclusão, o que pode interferir na aparência da genitália. Todos esses fatores podem ocasionar a hipercromia que é o escurecimento da região íntima, a flacidez cutânea e o ressecamento vaginal, tornando-se as principais queixas das mulheres ao procurarem os tratamentos da estética íntima.

Em decorrência dessa realidade e ao rápido acesso às informações, cada vez mais, as mulheres têm buscado por procedimentos estéticos, na região íntima, que são capazes de beneficiar a região de forma não invasiva e alcançar resultados satisfatórios com o objetivo de melhorar a autoestima e corrigir questões funcionais. Diante disso, essa área dispõe de técnicas como a radiofrequência e o microagulhamento, que reduzem a flacidez da pele, principalmente dos lábios; a lipocavitação que reduz a gordura localizada; e peelings, luz pulsada e laser para clarear e depilar a região.

Portanto, a estética íntima resgata a jovialidade da região, melhorando sua aparência estética, resgatando assim sua autoestima e proporcionando uma melhor qualidade de vida, inclusive sexual. Vale lembrar que não existe um modelo padrão, sendo importante que a mulher se sinta bem consigo mesma, sem obedecer aos padrões impostos pela mídia e achar em seu interior sua própria beleza, tratando e cuidando de problemas que lhe incomodam.

Escrito por

Ingredy Lopes dos Santos

Biomédica

Mestre em Farmacologia

Pós-Graduanda em Saúde Estética Avançada pelo Instituto GPI

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